Sérgio Moro é vitima do encantamento da promessa de ser ministro do STF
O juiz Sérgio Moro vai deixar a magistratura em troca de uma promessa. Ser superministro e ninguém interferir em sua gestão. A decisão é arriscada. Primeiro porque nunca administrou nada e agora terá a seu dispor uma máquina complexa, cheia de armadilhas.
Segundo, porque o juiz da Lavajato pode terminar a vida pública precocemente, demitido ou acusado de improbidade. Esse é sempre o risco que corre qualquer administrador público. E é isso que Moro passará a ser, assumindo a responsabilidade pelo que assinará ou assinarão seus subordinados na super pasta da Justiça.
Terceiro, não se sabe o que está por trás desse convite ao juiz, nem se são assim tão boas as intenções do presidente eleito. O que Moro tem de Bolsonaro até agora é a frase: “dou-te a minha palavra”. Mas isso não deveria bastar para levar o homem que combateu a corrupção no Brasil e que é considerado inteligente, a abdicar de uma carreira jurídica cheia de possibilidades.
Moro já é vitima de um sonho - chegar ao Supremo Tribunal Federal - outra promessa de Bolsonaro.
Como duas vagas - as dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello - só surgirão nos próximos dois anos, é difícil dizer se o destino reserva uma delas a Moro. Ou se antes disso ele afundará no lodaçal de Brasília.
A aposta é que conseguirá sobreviver. Mas a duras penas, e sem a compreensão, os apelos e a solidariedade de hoje do presidente eleito.
A CHEGADA DOS NOVATOS
O deputado Josué Neto fez questão de saudar da tribuna os 12 novos deputados eleitos, que foram convidados a visitar a Assembleia Legislativa , com direito a almoço na sala da presidência.
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A novata Joana D´Arc, teve a sua liderança enfatizada e o mimo de saber que a Comissão de Meio Ambiente terá também a função de Proteção aos Animais para alavancar seu trabalho de protetora dos pets.
ASSUNTOS: Jair Bolsonaro, sergio moro
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.