Você já imaginou estar em uma festa cercado de amigos, em um momento de relaxamento e descontração e de repente ser tomado por um medo repentino, uma sensação de desespero inexplicável e impressão de que vai morrer naquele exato momento? Difícil e agoniante imaginar não é? Mas é assim que se sente alguém que sofre com a síndrome do pânico.

O transtorno ainda é um mistério no campo da ciência, mas é bem real para um grupo considerável de pessoas que sofrem deste problema. De acordo com Sarah Lopes, psicóloga do Hapvida, a síndrome está ligada a quadro de intensa ansiedade e é mais comum entre mulheres, podendo surgir entre o fim da adolescência e início da fase adulta.

Os sintomas são variados e podem ser confundidos até mesmo com um ataque cardíaco: “os sintomas da síndrome do pânico são suor nas mãos, dor no peito, falta de ar, é muito comum paciente se queixar de muitas dores no peito como se tivesse infartando. Tremores, medo excessivo de sair sozinho, medo de lugares populosos também são sintomas da síndrome”.

As crises costumam surgir nos momentos mais inesperados, por isso é preciso paciência com quem sofre desse tipo de transtorno. Geralmente, a pessoa afetada costuma criar uma espécie de universo paralelo e confundir fantasia e realidade, as situações podem se tornar assustadoras e é fundamental ter muita calma e cuidado. “O parceiro deverá ser paciente e compreender que não é desejo do sujeito ter essas sensações.  Porém é interessante esse apoio nos períodos de crise e durante o dia a dia incentivar que o sujeito retome a sua rotina normal. Evite desacreditar sobre o que é dito, os sintomas, as sensações físicas são reais produzidas pelo imaginário,  mas o que sente é real”, orienta Sarah.

A psicóloga enfatiza que é importante identificar e tratar a síndrome, até mesmo para que o paciente alcance uma certa qualidade de vida, uma vez que o medo de que algo ruim aconteça é constante na vida dele e lhe consome as energias físicas e mentais. “Primeiro passo é investigar se vai precisar também de uma terapia medicamentosa, pois é muito comum nos casos de situação de síndrome do pânico fazer uso de psicotrópicos para redução da ansiedade e minimizar os sintomas.

Além disso procurar psicoterapia e atividades que reduzem a ansiedade também favorecem no tratamento. A mudança de pensamento e o controle da respiração são pontos fundamentais”.