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Com ‘trio sobrevivente’, Brasil joga nesta quarta-feira na NBA

Por Agência O Globo

16/10/2018 18h56 — em
Esportes



Em uma NBA cada vez mais empenhada em globalizar sua marca, o Brasil parece caminhar a passos largos na contramão do espaço aberto a estrangeiros. Serão apenas três jogadores na temporada que começou na madrugada desta terça-feira, dois a menos do que em 2017/18. Ao todo, são 108 estrangeiros de 42 países.

Quem puxa a fila mais uma vez é Nenê Hilário. Na NBA desde 2002, o pivô de 36 anos chega à sua décima sétima temporada como um símbolo de resistência. Completam a curta lista Raul Neto, o Raulzinho do Utah Jazz, e Cristiano Felício, dos Chicago Bulls. Quem deixou a NBA neste recesso foi Lucas Bebê, que, após quatro anos, trocou os Toronto Raptors pelo Fuenlabrada-ESP.

Dois brasileiros estreiam nesta quarta-feira na temporada. Às 21h, o Houston de Nenê recebe os New Orleans Pelicans. Mais tarde, às 23h, será a vez de Raulzinho entrar em ação, quando o Utah Jazz visita os Sacramento Kings. Nesta quinta-feira, às 21h, Felício e os Bulls largam contra o Philadelphia 76ers, fora de casa.

Até o último sábado, havia a perspectiva de que esse número chegasse a cinco, igualando o total que iniciou a edição passada. No prazo estabelecido para as franquias definirem seus elencos que iniciam a temporada, no entanto, Los Angeles Lakers e Houston dispensaram Scott Machado e Bruno Caboclo, respectivamente. Ambos devem atuar na G-League, a "base" da NBA.

Do trio sobrevivente, somente Nenê aspira ao título. O Houston tentará quebrar a hegemonia do Golden State Warrios na Conferência Oeste, em que os atuais bicampeões são francos-favoritos. Além de segurar Stephen Curry e Kevin Durant, a franquia ainda recrutou o pivô DeMarcus Cousins, completando um quinteto formado só por all-stars.

O declínio brasileiro não se faz presente somente no número de jogadores. Na temporada 2008/09, com três brasileiros (Nenê, Leandrinho e Anderson Varejão), as médias de um representante do Brasil em quadra foram recorde: 12,3 pontos e 28,6 minutos por jogo. Em 2017/18, foram parcos 4,3 pontos e 12 minutos de média.

Tiago Splitter, em 2014, pelo San Antonio Spurs, e Leandrinho, pelosWarriors, em 2015, são os brasileiros campeões da NBA. Embora dispensado dos playoffs de 2015, Anderson Varejão recebeu o anel de campeão.

A escassez brasuca na NBA acompanhou a crise da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), suspensa pela Federação Internacional de Basquete (Fiba), no fim de 2016. A punição foi revogada em 2017.

- Esse movimento reflete a situação do basquete brasileiro. O Brasil precisa urgentemente buscar uma metodologia de formação. Temos tudo para criar jogadores de alto rendimento, mas não temos profissionais capacitados para isso - analisa Alberto Bial, técnico do Vasco. - Não é verdade essa entressafra. Há vários jovens com muito potencial.


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