PARADISE, EUA - Subiu o número de mortos na Califórnia por causa de um incêncdio florestal em Paradise, na cidade montanhosa ao norte de Sacramento. De acordo com a CNN e USA Today, são 23. Já segundo o New York Times e a rede ABC News, 25. O número exato ainda está sendo levantado pelas autoridades, enquanto os resgastes são realizados.

Mais de 6.700 casas e estabelecimentos comerciais foram destruídos, de acordo com o Departamento Florestal e de Proteção Contra o Fogo do estado.

O incêndio começou na quinta-feira e é considerado como o mais destrutivo da História da Califórnia. Até a madrugada deste domingo, mais 14 corpos foram resgatados, dez deles em Paradise, uma cidade de cerca de 26 mil habitantes. A região destruída pelo fogo dobrou de tamanho nos últimos três dias e chegou a 282 quilômetros quadrados. Até agora 35 pessoas estão desaparecidas.

Ao todo, três incêndios atingem a Califórnia, sendo que dois estão fora de controle no Norte e Sul do estado, forçando centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas, incluindo artistas com casas em Malibu. Bombeiros de Los Angeles estimam que o fogo tenha destruído 150 casas no sul da Califórnia. Há ordem de evacuação para outras 250 mil casas.

Segundo o governo dos EUA, o sul da Califórnia passa por uma seca grave. O estado saiu em 2017 de um período de estiagem de cinco anos. Em 2018, porém, outra estação seca atingiu os californianos – e, desta vez, os moradores da parte norte também foram afetados.

O presidente americano Donald Trump disse neste sábado, pelo Twitter, que "a má administração das florestas" é a culpa pelos incêndios na Califórnia. "Não há razão para esses incêndios florestais maciços, mortíferos e onerosos na Califórnia, exceto pelo fato de que o manejo florestal é tão ruim", escreveu ele.

"Bilhões de dólares são dados a cada ano, com tantas vidas perdidas, tudo por causa da má administração das florestas. Resolvam agora, ou nenhum pagamento do Fed!", acrescentou Trump.

O diretor do escritório de emergência do governo da Califórnia alertou que o estado espera mais "condições climáticas para a ocorrência de incêndios" nos próximos dias, com ventos fortes e clima muito seco. A situação prejudica a ação dos quase dois mil bombeiros que combatem as chamas.

"O incêndio está fora de controle e avança para áreas populosas. Todos os moradores devem sair agora", escreveu no Twitter das autoridades desta cidade localizada entre o oceano Pacífico e a serra de Santa Mônica.