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Wilson Lima tem fragilidade exposta


Por Raimundo de Holanda

17/01/2019 21h53 — em
Bastidores da Política



Um governador deve ser cercado de pessoas capazes de avaliar um documento e corrigir erros. A assinatura posta em um decreto - seja qual for seu teor - pode mais tarde configurar crime de responsabilidade. Ao “confundir”nomeação com "exoneração", a assessoria de Wilson Lima não apenas cometeu um erro grosseiro, como expôs a fragilidade de um jovem catapultado de um auditório de tv para o comando do Estado. Felizmente saiu a retificação, mas  o fato gerou uma onda de  desconfiança na figura do governador. 

A pergunta recorrente ontem era: “e documentos mais complexos, da gestão do estado não poderiam chegar a mesa do governador contaminados por interesses escusos e receber sua rubrica? 

Wilson Lima, caso queira se livrar de “jabutis” futuros, deve proibir o uso de sua assinatura eletrônica em documentos do Estado. Perder um pouco de tempo com a caneta na mão é assegurar que está assinando o que é correto ou foi devidamente revisado. Ou terminará mal. 

Seu cuidado deve ser redobrado em documentos  relativos a incentivos ou isenções (e lei orçamentária), onde eventuais descuidos  podem resultar em  ações de improbidade.  E ter na Casa Civil um homem de sua confiança, não da  confiança dos outros.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.