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Wilson Lima 'cai na real' e faz uso de capital humano local na transição


Por Raimundo de Holanda

07/11/2018 19h47 — em
Bastidores da Política



A equipe de transição do governador eleito, Wilson Lima,  apareceu nesta quarta-feira sem os nomes que compunham o anúncio oficial do inicio da semana. Gabriel Chalita,  David Uip, e o general da reserva do Exército Brasileiro Franklimberg de Freitas, anunciados com pompas em coletiva pelo futuro governador foram esquecidos. Sem tempo para encenações promovidas extemporaneamente por aliados que insistem em parmanecer no palco - Wilson lançou mão do capital humano e intelectual que dispunha - o vice governador eleito Carlos Almeida  e o deputado estadual Luiz Castro .

Nas entrevistas à imprensa, os dois mostraram que estão qualificados para esse processo, nem tão complexo, mas que exige um mínimo de conhecimento da administração pública. 

O que mais impressionou é que não chegaram para polemizar, nem apontar eventuais erros do governo atual,  mas para garantir durante o processo de transição a  continuidade de serviços essenciais, particularmente saúde, educação e segurança. 

Castro tem experiência como administrador - já foi prefeito - e Carlos  é defensor público e, portanto, conhece como o estado funciona. Ao menos a transição parece pacífica. 

Agora é esperar como o novo governo vai atuar a partir de 1o de janeiro - se com   independência ou amarrado  a compromissos de aliados de campanha, que não entraram nesse projeto de poder de graça.

TUDO NA SEFAZ

A sede da Sefaz que já foi sede do governo com José Lindoso, agora terá seu anexo como sede da transição do governo de Wilson Lima. Acertadamente o TCE recusou ceder o anexo de sua sede para os trabalhos, uma vez que é o tribunal que irá julgar as contas de Amazonino.

NA GAVETA!

Com mais de 30 projetos engavetados, alguns desde 2014, o deputado Carlos Alberto fez um apelo ontem aos colegas para que liberem seus projetos nas comissões. Ele não concorreu à reeleição e só em até o dia 20 de dezembro para coloca-los em pauta de votação.

NA GAVETA 2

Por sua vez, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos Josué Neto determinou aos funcionários que deem agilidade a todos os projetos na sua comissão e apelou aos demais deputados que façam o mesmo, a fim de zerar a pauta antes do recesso.

BATE BOCA

Sinésio Campos protagonizou um bate boca ontem com Sidney Leite, por causa de ‘faltas’ na Comissão de Educação. Sinésio que é vice de Sidney reclamou que não é chamado para as reuniões. Sidney deu o troco: “Não é preciso ser chamado, mas o senhor não comparece”.

PELA GOELA 

Os senadores fizeram Bolsonaro engolir nesta quarta uma pauta bomba, antes de tomar posse. O aumento de 16,38% para os ministros do STF eleva o teto salarial do serviço público de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O efeito ‘cascata’ poderá elevar entre 4,5 e 6 bilhões os gastos públicos com a folha.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.