A fórmula é antiga, mas reaparece cada vez mais atual. Todo candidato que se elege ao governo pregando mudança inicia sua ‘caminhada’ até a cadeira de governador anunciando 'um rombo bem grande nas finanças públicas'. Wilson Lima não poderia ser diferente.

Em apenas dois dias ele avançou de um ‘buraco’ de ‘quase  um bilhão', anunciado na tribuna da Assembleia Legislativa, para outro de 'R$ 1,5 bilhão', numa vitrine maior em São Paulo.

Wilson  contraria  até o relatório do Tesouro passado ao comando econômico de Bolsonaro, onde o Amazonas  aparece entre os estados que estão com as finanças mais equilibradas.

O pior é que ele já fala em crise fiscal, justamente quando até seus aliados  sabem que a arrecadação tributária deste ano será superior à de 2017 em torno de R$ 1 bilhão.

Quem conhece a escola política sabe que inflar o balão negativo do derrotado é a melhor forma de garantir recursos para as práticas não republicanas no governo.

Wilson Lima deu a senha e o start para a fala que será usada por sua equipe de governo. A ‘mudança’ começará com aperto de cinto do povo, para que o governante possa ‘engordar’.