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As vidas perdidas para a Covid 19 no Amazonas: 962, até este sábado


Por Raimundo de Holanda

09/05/2020 21h31 — em
Bastidores da Política


  • A primeira onda do coronavírus fez, até este sábado, 962 mortos e 11.925 infectados no Amazonas. A questão é quando essa onda vai passar e se haverá uma segunda onda, mais agressiva e letal.

É  isso que  tem tirado o sono de pesquisadores que lidam com o problema em outras partes do mundo. E se houver subtipos  ou cepas da Covid 19 em ação, agindo contra tudo o que se  conhece até agora? Se esse fenômeno, previsível na biologia,  estiver de fato acontecendo,  as alterações morfológicas do virus poderiam  desencadear uma segunda  pandemia, com resultados imprevisíveis.

As pesquisas apresentadas até aqui não apontam sequer  para um medicamento eficaz. Mesmo a hidrocloroquina, em alguns casos, não tem tido o efeito esperado no tratamento  da doença

O mundo está em pânico. O isolamento total ou  lockdown é uma solução limitada a certo período de tempo. Quinze dias, segundo especialistas, que apontam efeitos colaterais também nocivos e que poderiam elevar a mortandade pela fome, especialmente em áreas de extrema pobreza.

Essa é uma das razões pelas quais o prefeito de Manaus, Arthur Neto, foi contra a medida. Pisou no freio em meio ao risco de descarrilamento social. Foi voz corrente contra o lockdown. Preferiu medidas menos agressivas - como a obrigatoriedade do uso de máscaras em ônibus, fechamento dos cemitérios para visitação pública neste domingo, restrições a circulação de pessoas em zonas criticas da cidade.

Tudo isso em meio a uma pressão do Ministério Público para  um confinamento total, com todos os riscos previsíveis - violência entre vizinhos, desobediência civil, distúrbios ou confrontos, que se deseja evitar.

Não há muito o que fazer. Essa onda, ainda que seguida de outra, vai passar.  Vamos poder estender as mãos para o amigo sem dar de ombros como agora. Mas essa é uma história para depois, para ser contada pelos nossos netos. Por enquanto o amanhã é uma grande interrogação…

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ASSUNTOS: cepas, COVID-19, oms. mil mortos no amazonas, subtipos, vírus, Coronavírus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.