O Brasil que nos espera, com Bolsonaro no poder, não deve ser nada diferente do atual. No plano legislativo então, o exemplo vem de casa. 

O deputado Flávio Bolsonaro, filho do  presidente eleito, em nada difere de milhares de colegas suspeitos de  ‘desviar’ para si verbas de gabinete nas assembleias estaduais.

Assim, não haverá desemprego por falta de honestidade. Assessores ‘de araque’, que pegam uns trocados para deixar cartão do banco e senha com o chefe, vão continuar existindo, sim.  

A falta que faz Arthur 

Anteontem a Câmara dos Deputados jogou no arquivo projeto do Senado que resgatava os incentivos do IPI dos concentrados. A medida põe fim a esperança de se recuperar um polo importante para a economia do Amazonas.

O Projeto de Decreto Legislativo 1011/18, sustaria o decreto de Temer que reduziu de 20% para 4% a alíquota do IPI sobre a produção de xaropes na Zona Franca de Manaus.

Passou sem ser visto e deve ser arquivado. Faltaram os olhos atentos de Arthur Virgílio, que eram capazes de vigiar as duas casas legislativas, atuando como deputado ou como senador.

Faltou o interesse e a vontade ferrenha de defender o Amazonas contra quem quer que ousasse um ‘olhar vesgo’ contra a ZFM. Arthur que batia de frente contra Lula, SP e o PT.

Agora o que se nota é a ausência da voz que ‘estremecia’ os adversários e arrancava penas dos aliados tucanos, se uma caneta ou um pensamento conjurasse um feitiço à Zona Franca.

Virão tempos duros para nós, que temos o maior estado em território, mas somos poucos, pobres e moramos longe. Tempos em que muitos sonharão com o ‘velho Arthur’ na tribuna.