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Luiz Castro e Carlos Almeida na frigideira


Por Raimundo de Holanda

08/12/2018 20h03 — em
Bastidores da Política



A indicação de Luiz Castro e Carlos Almeida para pastas importantes não é uma 'rendição'  de Wilson  Lima a uma filosofia de governo voltada para o cidadão - como defendem Castro e Almeida.  É uma estratégia. De desconstrução dos dois aliados.

A escolha do deputado Luiz Castro para a Seduc está praticamente definida. Na saúde o vice Governador Carlos Almeida teve o nome anunciado há duas semanas. Eles fazem parte de um grupo que destoa do pensamento do governador eleito, Wilson Lima, mas é tolerado. Não é uma rendição  de Wilson a uma filosofia de governo voltada para o cidadão - como defendem Castro e Almeida.  É uma estratégia. De desconstrução dos dois aliados.

Castro encontrará resistência ao seu projeto de moralizar a Seduc, exigir contrapartida de fornecedores, fazer a merenda chegar de forma efetiva nas escolas, melhorar o rendimento de professores e alunos, empenhar para atender demandas imediatas.  

Os problemas de Carlos na Saúde são gigantescos e quase insuperáveis. Terá que lidar com o ativismo das cooperativas que vendem o que não têm, fornecedores viciados, que  entregam pela metade o que o governo compra, mas querem receber fatura inteira; equipamentos sabotados rotineiramente não se sabe por quem. 

É um grande desafio que os dois provavelmente não  superarão

O resultado será o desgaste precoce de Castro e Almeida. Isso está no script  dos outros dois grupos que seguem Wilson nas sombras. A partir desse desgaste, que parece inevitável,  Wilson Lima ficará livre para governar com os amigos, os apoiadores, os financiadores de uma campanha cuja prestação de contas encaminhada ao TRE é uma peça de ficção. Até quando esse governo que nem tomou posse vai resistir, só Deus sabe. 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.