Bolsonaro ou Haddad? O Brasil à beira do abismo
Ficaram duas opções amargas para o segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. O caos com Haddad ou a ruptura jurídica com Bolsonaro. Uma eventual vitória de Bolsonaro o deixará refém de um Congresso que ele não elegeu. Sem espaço para governar muito provavelmente recorrerá à força fardada ou aos grupos radicais que o seguem, dividindo ainda mais o País. Já Haddad perdeu, durante a campanha, a força moral creditada a ele para conduzir a nação. Um homem que se credencia a ser presidente pode buscar conselhos em todo lugar, menos em uma prisão.
Mas essas foram as opções deixadas pelos eleitores. A democracia tem disso. Na maioria das vezes ela produz normas e condições para que direitos fundamentais sejam garantidos. Mas há casos em que abre as portas do abismo. Foi o que aconteceu neste domingo.
PESQUISAS ERRARAM
Amazonino Mendes e Wilson Lima vão disputar o segundo turno. O resultado confirma projeção dos institutos de pesquisa, que erraram na disputa acirrada pela segunda vaga do Amazonas ao Senado, disputada voto a voto pelo candidato à reeleição, Eduardo Braga, e o deputado Luiz Castro. Braga venceu. Por mais difícil que tenha sido a disputa, Braga deve entendê-la como a vitória da sua vida, talvez a mais importante de sua carreira política
ASSUNTOS: Bolsonaro, Eleições 2018, Haddad
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.