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Governo Wilson Lima entra em processo de decomposição


Por Raimundo de Holanda

21/02/2019 19h56 — em
Bastidores da Política



O Governo Wilson Lima se  decompõe muito rapidamente, seja pela crescente frustração da opinião pública com expectativas de mudança construídas ainda durante o processo eleitoral - e que não se concretizaram, seja pelo travamento da máquina, em grande parte atribuída a inexperiência  do novo governador e sua equipe.

Mudar esse quadro parece impossível diante do agravamento de situações em áreas criticas, como saúde e educação.

A disputa de grupos de interesses por espaço e a subtração do poder do governador por um desses grupos, enfraquece a figura de Wilson e desconstrói a ideia do novo, que tanto empolgou o eleitorado.

Ou Wilson toma a iniciativa de mudar essa dinâmica e se assume como governador ou terá um governo muito curto, marcado por grandes escândalos.

OS SEGREDOS DA UMANIZZARE

Convocado pelo deputado Cabo Maciel, agora da base do governo, o secretário da Seap, coronel Marcus Vinícius conversou com deputados na Assembleia ontem. Mas evitou o debate no plenário, preferindo abrir a esperada caixa preta do sistema penitenciário entre os aliados.

Foi uma manobra para evitar a munição ‘pesada’ que a oposição mostraria no plenário, onde as informações chegaram ‘filtradas’ e modeladas no formato dos releases oficiais.

O secretário deixou escapar que não tem condições de atestar alguns dos serviços prestados pela Umanizzare, mas não explicou porque a empresa continua a receber por esses serviços.

GORDURA E SOBRAS

O deputado Álvaro Campelo mostrou que só a ‘gordura’ da diferença de R$ 1.019 entre o custo de um preso em SP e um preso no AM, daria para o governo economizar R$ 134 milhões por ano.

Mesmo enrolado com a crise no Estado, Wilson Lima está no grupo de governadores que irá debater e levar ao governo federal as ações emergenciais de cada estado na área econômica.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.