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Governo tenta acabar greve, professores relutam, mas TCE mostra saída: demissões


Por Raimundo de Holanda

10/05/2019 22h49 — em
Bastidores da Política



Ao advertir o governo do Amazonas de que  violou a Lei de Responsabilidade Fiscal - gasta 51% do que arrecada com pagamento de servidores e que poderá sofrer sanções - o TCE -Am não quis e nem é esse o seu papel - interferir nas negociações entre governo e professores para pôr fim a uma greve que já dura 20 dias. Mas sinalizar que já passou da hora de definir prioridades.

A própria Lei de Responsabilidade Fiscal aponta alternativas para o equilíbrio de despesas com pessoal, quando elas ultrapassam o limite prudencial de 49%, entre elas  a redução dos cargos em comissão ou  funções de confiança.

O governo não está sendo levado para  forca.Ainda. Mas precisa saber o que quer, o que tem valor, capital intelectual, gera conhecimento, produz riqueza e esperança.

Parece claro que isso passa pela valorização da educação e eventuais cortes para contemplar os professores em quase nada empacarão o desempenho do governo. Pelo contrário, eliminará a ociosidade paga com dinheiro público.

A maioria dos servidores que ocupam cargos de confiança e comissionados não comparece  ao trabalho, muitos sequer moram no estado, mas tem o suporte de quem indica e que exerce forte influência sobre os governos.

Esses  servidores sem compromisso com o trabalho - ou a grande maioria deles - consomem mensalmente com salários  graciosos R$ 40 milhões dos cofres do Estado. 

Ademais, a continuar nesse ritmo haverá um risco real de os salários dos servidores atrasar.Aí pode ser o caos.

 

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ASSUNTOS: greve na educação, seduc-amazonas, tce-am, wilson lima

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.