Compartilhe este texto

Manaus está em segundo lugar de cidades em alerta de surto de dengue, zika e chikungunya

Por Portal Do Holanda

28/11/2017 18h02 — em
Brasil



O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) apontou que 357 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya. Isso significa que mais de 9% das casas visitadas nessas cidades continham larvas do mosquito. No total, 3.946 cidades de todo o país fizeram o levantamento. Os dados foram apresentados pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira (28), em Brasília. Na ocasião, também foi lançada a campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti.

O Mapa da Dengue, como é chamado o levantamento, teve adesão recorde de municípios para este período do ano, com 3.946 cidades participantes, um aumento de 73% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando 2.282 municípios fizeram o levantamento. Essa ampliação foi possível porque neste ano o Ministério da Saúde publicou uma resolução que tornou obrigatória a realização de levantamentos de infestação pelo mosquito Aedes aegypti. A realização do monitoramento ficou condicionada ao recebimento da segunda parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra, que deve ser utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito.

Rio de Janeiro está com índice satisfatório de infestação de mosquito

Realizado de outubro até a 1ª quinzena de novembro, o LIRAa identificou ainda 1.139 municípios em alerta, ou seja, com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9%. Outros 2.450 municípios estão com índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada. Entre as 17 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa, estão com índices satisfatórios os municípios de Macapá (AP), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Teresina (PI), Curitiba (PR), Palmas (TO) e Rio de Janeiro (RJ). As capitais com índices em estado de alerta são: Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Vitória (ES), Recife (PE), Natal (RN), Porto Velho (RO), Aracajú (SE) e São Luis (MA). As capitais Belém (PA), Boa Vista (RR), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Rio Branco (AC) não informaram os dados ao Ministério da Saúde.

O armazenamento de água em casa, como tonel, barril e tina, foi o principal tipo de criadouro nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Sul, o maior número de depósitos encontrados foi em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Na Região Sudeste, predominou os depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis.

Cai o número de casos de dengue, zika e chikungunya

DENGUE - Até o último dia 11, foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o país, sendo observado uma redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016 (1.463.007). Com relação ao número de mortes, também houve queda significativa (82,4%), reduzindo de 694 óbitos em 2016 para 122, em 2017.

Em todo país, a Região Nordeste apresentou o maior número de casos prováveis (84.051 casos; 35,2%) em relação ao total do país. Em seguida aparecem as regiões Centro-Oeste (74.691 casos; 31,2%), Sudeste (55.381 casos; 23,2%), Norte (21.057 casos; 8,8%) e Sul (3.896 casos; 1,6%).

CHIKUNGUNYA – Até o último dia 11, foram registrados 184.458 casos prováveis de febre chikungunya, o que representa uma taxa de incidência de 89,5 casos para cada 100 mil habitantes. A redução é de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 271.637 casos. A taxa de incidência no mesmo período de 2016 foi de 131,8 casos/100 mil/hab.

A Região Nordeste apresentou o maior número de casos prováveis de febre de chikungunya (141.363 casos; 76,6%) em relação ao total do país. Em seguida aparecem as regiões Sudeste (23.169 casos; 12,6%), Norte (16.125 casos; 8,7%), Centro-Oeste (3.467 casos; 1,9%) e Sul (334 casos; 0,2%).

Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 149 mortes. No mesmo período do ano passado, foram 211 óbitos confirmados, uma redução de 29,4%.

ZIKA – Até o último dia 11, foram registrados 16.870 casos prováveis de zika em todo país, uma redução de 92,1% em relação a 2016 (214.126). A taxa de incidência passou de 103,9 em 2016 para 8,2 neste ano.

As regiões Centro-Oeste e Norte apresentam as maiores taxas de incidência: 38,3 casos/100 mil hab e 12,2 casos/100 mil hab, respectivamente. Em relação às gestantes, foram registrados 2.197 casos prováveis, sendo 901 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.

Nova campanha contra o mosquito

A nova campanha do Ministério da Saúde de conscientização para o combate ao mosquito Aedes aegypti chama atenção da população para os riscos das doenças transmitidas pelo vetor (dengue, zika e chikungunya) e convoca a todos a agir. O objetivo é mostrar que o combate à proliferação do mosquito começa dentro da própria casa, sendo responsabilidade de cada um, podendo gerar mudança positiva na vizinhança. O material alerta: “Um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você. Faça sua parte e converse com seu vizinho”.

A campanha começa a ser exibida nesta terça-feira (28) e será veiculada na TV, rádio, internet e redes sociais. Também está previsto o dia D de mobilização contra o mosquito, que ocorrerá no dia 8 de dezembro. A “Sexta Sem Mosquito”, como será chamada a ação, se estenderá até janeiro mobilizando os governos federal, estadual e municipal para promoverem ações de limpeza nas cidades em casas, estabelecimentos privados e órgãos públicos.


Siga-nos no
O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

ASSUNTOS: aedes aegypti, surto, Brasil

+ Brasil